The Doobie Brothers

The Doobie Brothers é uma banda estado-unidense de rock and roll formada em 1970 por Johnston, John Hartman e o baixista Greg Murph, logo substituído por Dave Shogren, todos da Califórnia. No ano seguinte lançaram o primeiro LP, já transformado em quinteto (com Trian Porter e o percussionista Mike Hossack) e chamando-se Doobie Brothers. O som que faziam era um country rock, com leve tendência para o gospel e com utilização de instrumentos de sopro. Em 1972, o LP Tolouse Street (que trazia o sucesso "Listen To The Music") ganhou o primeiro disco de ouro, que seria uma constante na carreira do conjunto daí em diante.

Doobie Brothers - Listen To The Music .1972

Em 1974, uniu-se ao grupo o guitarrista Jeff Baxter e, posteriormente, o tecladista Michael McDonald, que acrescentou ao estilo musical da banda elementos da música soul. Em 1978, ganharam quatro prêmios Grammy. Mas, no ano seguinte, John Hartman, um dos fundadores do Doobie Brothers, abandonou o grupo, assim como o guitarrista Jeff Baxter.
A partir do LP One Step Closer, de 1980, a formação incluía: Pat Simmons (guitarra e vocais), Tiran Porter (baixo), Keith Knudsen (bateria), Michael McDonald (teclados), John McFee (guitarra e vocais), Cornelius Bumpus (saxofone, órgão e vocais) e Chet McCraken (bateria e percussão). Em 1982 foi anunciada a dissolução do grupo.

A origem
O cantor, compositor e guitarrista Tom Johnston e o baterista John Hartman formaram o núcleo do que viria a chamar-se The Doobie Brothers. Juntamente com Skip Spencer, eles experimentaram diversos estilos e realizaram algumas apresentações ao redor de San José, Califórnia. Em 1970, o baixista Dave Shogren entra para o grupo, bem como o cantor, compositor e guitarrista Pat Simmons.

Fase country rock
Os Doobie Brothers começaram a atuar no norte da Califórnia e depois de alguns concertos conseguiram um contrato com a Warner Brothers. O álbum de estréia saiu em 1971 e era uma mistura de folk com country. O primeiro compacto foi a faixa "Nobody".

The Doobie Brothers - "Nobody" (Official Video)

O segundo álbum, Toulouse Street de 1972, trouxe o seu primeiro grande sucesso, "Listen To The Music". O disco tinha um pouco de R&B, bluegrass e hard rock.
Em 1973, o disco The Captain and Me teve outros grandes sucessos como a faixa "Long Train Runnin'". A canção "Black Water", composta por Simmon para o disco What Were Once Vices Are Now Habits de 1974, alcançou o primeiro lugar na Billboard. Stampede, lançado no ano seguinte, foi o último álbum de estilo country rock do Doobie Brothers neste período.
Era Michael McDonald

The Doobie Brothers - Long Train Runnin

Na turnê do disco Stampede em 1975, Johnston deixou a banda por causa de problemas de saúde. Jeff "Skunk" Baxter, que entrou um ano antes, sugeriu o tecladista Michael McDonald que mudou a cara do Doobie Brothers. No primeiro disco com o Michael, Takin' It to the Streets de 1976, as canções "Keeps You Runnin’" e a faixa-título, compostas por ele, alcançaram um grande sucesso. O disco era uma mistura de soul, jazz e rock.
Johnston saiu da banda depois das gravações do disco Livin' on the Fault Line de 1977.
Depois de quase uma década na estrada e com sete álbuns lançados, os Doobie Brothers alcançaram seu maior sucesso com o disco Minute by Minute de 1978, que ficou cinco semanas no topo da Billboard. A canção "What A Fool Believes", composta por Michael Mcdonald e Kenny Loggins, ganhou o Grammy de melhor música e gravação do ano e foi tema da trilha sonora internacional da novela global Feijão Maravilha, de 1979.

The Doobie Brothers - What A Fool Believes
Em 1979, Hartman foi substituído pelo baterista Chet McCracken e Baxter pelo ótimo guitarrista John McFee. O álbum One Step Closer foi lançado em 1980. Em 1982 Doobie Brothers se dissolveu, mas ainda foi lançado o disco ao vivo Farewell Tour que tem participação de Johnston.

O Retorno
Os Doobies pararam durante cinco anos; tocando, somente, em momentos especiais. Knudsen e McFee formaram o Southern Pacific com o baixista Stu Cook do Creedence Clearwater Revival. McDonald partiu para uma bem sucedida carreira solo.
O retorno dos Doobie Brothers aconteceu em 1989, com o lançamento do disco Cycles pelo selo Capitol Records, que teve uma participação de McDonald na faixa "One Step Closer". As canções estavam novamente country rock.
O sucesso de Cycles motivou o lançamento em 1991 do álbum Brotherhood, também pela Capitol.
Em 1995, Os Doobies juntaram com McDonald para uma excursão com o Steve Miller Band. No ano seguinte, o álbum duplo e ao vivo, Rockin' Down the Highway: The Wildlife Concert, teve três canções de McDonald, e Baxter também participou durante os concertos que originou o disco. Ainda no mesmo ano, os Doobies foram eleitos para o Hall da Fama do Rock and Roll.
Em 2000 foi lançado o álbum Sibling Rivalry, depois de nove anos sem gravações de estúdio. O material teve contribuições significantes de Knudsen e McFee e variou de hard rock, hip-hop e jazz, mas não alcançou um grande sucesso. O último trabalho dos Doobie Brothers é o álbum Live at Wolf Trap de um concerto na Virgínia.

The Doobie Brothers - China Groove 1974
Integrantes
Formação atual
          Michael Hossack — bateria
          Tom Johnston — guitarra e vocal
          John McFee — guitarra e vocal
          Pat Simmons — guitarra e vocal
Músicos adicionais
          Guy Allison — teclado e vocal
          Marc Russo — saxofone
          Skylark — baixo e vocal
          Ed Toth — bateria
Ex-membros
          Jeff "Skunk" Baxter — guitarra 1974-1979, 1987
          Cornelius Bumpus — teclado e vocal 1979-1982, 1987 (como um membro), nas turnês de 1989 e 1995-1996 (como convidado)
          John Hartman — bateria e percussão 1970-1979, 1987-1992
          Keith Knudsen — bateria e vocal 1974-1982, 1987, 1993-2005
          Bobby LaKind — percussão e vocal 1976-1978 (como convidado) e 1979-1982, 1987-1989 (como membro)
          Chet McCracken — bateria e vibrafone 1979-1982, 1987 (como membro), turnê de 1995 (como convidado)
          Michael McDonald — teclado e vocal 1975-1982, 1987 (como membro), turnê de 1995(como um convidado especial)
          Tiran Porter — baixo e vocal 1972-1980, 1987-1992
          Dave Shogren — baixo e vocal 1970-1971
          Willie Weeks — baixo e vocal 1980-1982
Participação de outros músicos durante os anos
          Richard Bryant — vocal de apoio
          Norton Buffalo — gaita
          John Cowan — baixo e vocal
          Jimi Fox — percussão e vocal de apoio
          M. B. Gordy — bateria e percussão
          Carlos Guaico — vocal de apoio
          Danny Hull — teclado, vocal, gaita e saxofone
          Wayne Jackson — trompete
          Buck Johnson — vocal de apoio
          Andrew Love — saxofone
          Dale Ockerman — teclado, vocal e guitarra
          Bill Payne — piano, órgão e teclado
          Tim Shafer — teclado
Discografia
          The Doobie Brothers (1971)
          Toulouse Street (1972)
          The Captain and Me (1973)
          What Were Once Vices Are Now Habits (1974)
          Stampede (1975)
          Takin' It to the Streets (1976)
          Livin' on the Fault Line (1977)
          Minute by Minute (1978)
          One Step Closer (1980)
          Farewell Tour (ao vivo, 1983)
          Cycles (1989)
          Brotherhood (1991)
          Rockin' Down the Highway: The Wildlife Concert (ao vivo, 1996)
          Best of the Doobie Brothers Live (ao vivo, 1999)
          Sibling Rivalry (2000)
          Divided Highway (2003)
          Live at Wolf Trap (ao vivo, 2004)
Coletâneas
          Best of the Doobies (1976)
          Best of the Doobies, Vol. 2 (1981)
          Long Train Runnin': 1970-2000
          Greatest Hits (2001)
          Doobie's Choice (2002)
          Listen to the Music: the Very Best of the Doobie Brothers (2006)
          The Very Best Of (2007)

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Doobie_Brothers#.C3.81lbuns

The Faces - Rod Stewart - Ron Wood - Ronnie Lane - Ian McLagan - Kenney Jones

Faces foi uma banda de rock and roll formada das cinzas do The Small Faces, depois que Steve Marriott deixou-os para formar a Humble Pie; os novos integrantes Ron Wood (guitarra) e Rod Stewart (vocais) juntaram-se à Ronnie Lane (baixo), Ian McLagan (teclados) e Kenney Jones (bateria).

Suas canções de mais sucesso foram "Stay With Me", "Had Me a Real Good Time", "Cindy Incidentally" e "Richmond". Como a carreira solo de Rod Stewart começou a ficar mais importante que o Faces, a banda passou a ser subordinada a seu vocalista. Seu último álbum de estúdio foi Ooh La La e o grupo desbandou em 1975.

Os integrantes da banda então seguiram em direções distintas: Wood entrou para o Rolling Stones; Lane formou a Slim Chance e começou uma modesta carreira solo, que teve fim prematuro quando ele foi diagnosticado com esclerose múltipla; Jones entrou para o The Who depois da morte de Keith Moon; McLagan tornou-se músico de sessão e mais tarde entraria para a banda The Blokes de Billy Bragg; e, por fim, a carreira solo de Stewart obteve enorme sucesso.

Embora tenham obtido pouca notoriedade em relação aos seus contemporâneos The Who e Rolling Stones, o Faces teve um papel primordial no nascimento do que mais tarde se tornaria o punk. Suas apresentações explosivas e seus álbuns de estúdio abriram espaço para o desenvolvimento de bandas como The Damned, The New York Dolls e particularmente Sex Pistols, que citavam o Faces como a principal influência tanto em suas canções quanto em suas personalidades. Em seguida ao colapso do movimento punk, a influência do Faces surgiria em grupos como The Replacements, The Black Crowes e, mais recentemente, nas bandas Pearl Jam, The Charlatans e Stereophonics.

FACES - STAY WITH ME - ROUNDHOUSE - RARE - 70s - LYRICS - LIVE

The Faces - Cindy Incidentally

The Faces - Richmond

The Faces - Maybe I'm Amazed

The Faces
Origem Inglaterra
Gêneros rock and roll, rhythm and blues, hard rock, blues-rock
Período em atividade 1969 - 1975
Gravadora(s) Warner Bros., Mercury Records
Afiliações Small Faces, The Jeff Beck Group, The Rolling Stones, The Who
Página oficial the-faces.com
Integrantes
Rod Stewart
Ron Wood
Ronnie Lane
Ian McLagan
Kenney Jones

Discografia

Álbuns de estúdio
First Step (1970)
Long Player (1971)
A Nod Is as Good as a Wink... to a Blind Horse (1971)
Ooh La La (1973)

Ao vivoCoast to Coast: Overture and Beginners (1974)

Coletâneas

Snakes and Ladders / The Best of Faces (1976)
Good Boys... When They're Asleep (1999)
Five Guys Walk into a Bar... (2004)

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Faces

AC/DC - Album - Back in Black

AC/DC é uma banda de rock formada em Sydney, Austrália em 1973 pelos irmãos Angus e Malcolm Young. A banda é normalmente classificada como hard rock e considerada uma das pioneiras do heavy metal, juntamente com bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Thin Lizzy, Judas Priest e Deep Purple. No entanto, os seus membros sempre classificaram a sua música como rock and roll.

AC/DC passou por várias mudanças de alinhamento antes de lançarem o seu primeiro álbum, High Voltage, em 1975. A formação manteve-se estável até o baixista Cliff Williams substituir Mark Evans em 1977. Em 1979, a banda gravou o seu bem-sucedido álbum Highway to Hell. O vocalista e co-compositor Bon Scott faleceu a 19 de fevereiro de 1980, após consumir na noite anterior uma grande quantidade de álcool. O grupo considerou por algum tempo a separação, mas rapidamente o ex-vocalista dos Geordie, Brian Johnson, foi selecionado para o lugar de Scott. Mais tarde nesse ano, a banda lançou o seu álbum mais vendido, Back in Black.


Back in Black é o sétimo álbum de estúdio da banda australiana AC/DC.

Foi lançado em 1980 e, até hoje, já vendeu 49 milhões de cópias, sendo o álbum de rock mais vendido de todos os tempos e o segundo mais vendido da história atrás apenas de Thriller de Michael Jackson. O álbum até hoje já vendeu mais de 22 milhões de cópias nos Estados Unidos. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

Depois do sucesso de Highway to Hell, a banda começou a desenvolver o álbum, após a morte de seu vocalista, Bon Scott. A causa oficial da morte foi divulgada como sendo de "Intoxicação alcoolica aguda". Quando Scott foi substituído por Brian Johnson, o álbum foi totalmente refeito, com hits como "Hells Bells", "You shook me All Night Long" e a faixa que dá título ao álbum, "Back in Black". O álbum se tornou um enorme sucesso nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. O álbum foi remasterizado, e relançado duas vezes no box bonfire de (1997), e em 2003, como parte da série de remasterizados da banda.

AC/DC - You shook me all night long live Live At Donington HQ


AC/DC - Back in Black [HD] 

Discografia  AC/DC

1975: High Voltage
1975: T.N.T.
1976: High Voltage
1976: Dirty Deeds Done Dirt Cheap
1977: Let There Be Rock
1978: Powerage
1979: Highway to Hell
1980: Back In Black
1981: For Those About to Rock We Salute You
1983: Flick of the Switch
1985: Fly on the Wall
1986: Who Made Who
1988: Blow Up Your Video
1990: The Razors Edge
1995: Ballbreaker
2000: Stiff Upper Lip
2008: Black Ice
2010: Iron Man 2

http://pt.wikipedia.org/wiki/AC/DC#Discografia

Rainbow - Historia

Rainbow http://whiplash.net/materias/biografias/038401-rainbow.html

O grupo Rainbow começou em 1975 como um projeto do lendário Ritchie Blackmore, ex-guitarrista do Deep Purple, que chamou para acompanhá-lo os integrantes de uma até então praticamente desconhecida banda Elf. O nome escolhido para a banda foi Ritchie Blackmore's Rainbow (para aproveitar a fama do ex-Deep Purple), mais tarde mudado para apenas Rainbow. Possivelmente este nome foi tomado de um clube de Los Angeles em que Blackmore e a banda Elf costumavam tocar (o Elf havia feito a abertura de algusn shows do Deep Purple).
A formação inicial, que gravou um disco com o nome de Ritchie Blackmore's Rainbow, contava com Ronnie James Dio no vocal (segundo vocalista do Black Sabbath e que mais tarde viria a seguir uma bem sucedida carreira solo), Craig Grubber no baixo, Gary Driscoll na bateria e Mickey Soule nos teclados. Obviamente sendo uma banda de músicos experientes e conhecidos não tiveram que galgar degraus em sua carreira, se tornando imediatamente aceita pelos fãs do hard rock europeu (posição que seria mudada mais tarde com a mudança da banda para os Estados Unidos e a escolha pela música que agradasse ao público americano).
Rainbow - Man On The Silver Mountain com Dio
Os egos gigantescos de Blackmore e Dio rapidamente gerariam atritos com os outros componentes. Logo após a gravação do primeiro disco houveram diversas mudanças de formação. A banda viria a se estabilizar novamente com Cozzy Powell na bateria (mais tarde no Black Sabbath), Jimmy Bain no baixo e Tony Carey nos teclados. Com esta formação lançaram um álbum ao vivo (On Stage) e o segundo álbum de estúdio da banda, Rainbow Rising, em 1976. Esta formação foi a mais duradoura da banda e a mais aclamada pelo seu público antigo. O próximo álbum a ser lançado seria Long Live Rock and Roll, em 1978.
Rainbow Long Live Rock 'n' Roll com Dio
Com certeza o mais difícil da carreira da banda, pois após o início das gravações seguiram-se problemas entre Blackmore e os outros integrantes. Jimmy Bain é demitido e seu substituto, Mark Clark, dura apenas algumas semanas na banda, sendo logo substituído por Bob Daisley (que viria a tocar com Uriah Heep, Gary Moore, Black Sabbath, Ozzy Osbourne e Yngwie Malmsteen). Como Bob foi contratado apenas para a turnê o próprio Blackmore gravou o baixo no disco. Tony Carey também foi substituído por David Stone. Após uma curta turnê a banda se separa oficialmente e Dio inicia sua bem sucedida carreira solo (acompanhado pelo baixista Jimmy Bain). Aparentemente Blackmore desejava seguir uma musicalidade menos clássica, fazer canções mais assimiláveis pelo mercado americano, abandonar a temática medieval e fazer canções românticas, tendo sido apoiado apenas por Cozy Powell.
Em 1980 Blackmore reformulou a banda, lançando Down to Earth, com Cozy Powell na bateria, Roger Glover no baixo, Don Airey nos teclados e o desconhecido Graham Bonnet nos vocais. A mudança no som da banda prova ter sido válida pelo menos comercialmente e o Rainbow inicia sua fase de maior vendagem. Após a saida de Cozzy Powell (substituído por Boby Rondinelly, que mais tarde iria para o Black Sabbath) e a entrada de Joe Lynn Turner (que mais tarde participaria do Deep Purple) no lugar de Grahan Bonnet lançam em 1981 um outro álbum no mesmo estilo. A mesma formação (incrível) lança Straight Between the Eyes em 1983 e após a substituição de Boby Rondinelly por Chuck Burgi lançam Bet Out Of Shape em 1984.
Em virtude da reunião do Deep Purple em 1985 a banda Rainbow foi extinta até o lançamento de Stranger in Us All de 1995. O disco deveria ser um trabalho solo de Blackmore mas o apelo de usar o nome Rainbow foi maior. A banda formada por Doogie White nos vocais, Greg Smith no baixo, John O'Reilly na bateria e Paul Morris nos teclados, embora não apresentasse nenhuma ligação com a banda antiga (a não ser o guitarrista, claro) foi batizada novamente de Ritchie Blackmore's Rainbow. Chuck Burgi (antigo baterista) participou da turnê que se seguiu.

Rainbow - Since you've Been Gone com Graham Bonnet
Rainbow - I Surrender com Joe Lynn Turner


Rainbow -  Black Masquerade com Doogie White
 

Discografia Álbuns de estúdio
1975: Ritchie Blackmore's Rainbow
1976: Rising
1978: Long Live Rock 'n' Roll
1979: Down to Earth
1981: Difficult to Cure
1982: Straight Between the Eyes
1983: Bent Out of Shape
1995: Stranger in Us All
Ao vivo
1977: On Stage
1984: Finyl Vinyl
1990: Live in Germany '76
2006: Live In Munich 1977
2006: Deutschland Tournee 1976
 Coletâneas
1981: The Best of Rainbow
1997: The Very Best of Rainbow
2000: 20th Century Masters - The Millennium Collection: The Best of Rainbow
2001: Classic Rainbow - The Universal Masters Collection
2002: Pot of Gold
2002: All Night Long: An Introduction
2003: Catch the Rainbow: The Anthology
2009: Star Club Präsentiert Rainbow
2009: Anthology 1975-1984
EP
1981: Jealous Lover

Deep Purple - Todas As Fases

Deep Purple é uma banda de rock inglesa formada em Hertford, Hertfordshire, em 1968. Juntamente com Black Sabbath e Led Zeppelin é considerada uma das pioneiras do heavy metal e do hard rock moderno, embora alguns de seus membros tenham tentado não se categorizar como apenas um destes gêneros. A banda também incorporou elementos de música clássica, blues-rock, pop e rock progressivo. Foram listados pelo Livro Guiness dos Recordes "como a banda com o som mais alto ao vivo no mundo",e venderam mais de 100 milhões de álbuns ao redor do mundo. A banda passou por diversas mudanças de formação, além de um hiato de oito anos (1976-84). As formações do período 1968-76 foram comumente chamadas de Mark I, II, III e IV. Sua segunda formação, a mais bem-sucedida comercialmente, contou com Ian Gillan (vocal), Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclado), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria).Esta formação esteve em atividade de 1969 a 1973, e foi reunida de 1984 a 1989 e, brevemente, em 1993, antes que as rixas entre Blackmore e os outros membros da banda se tornassem intransponíveis. A formação atual inclui o guitarrista Steve Morse; com o afastamento de Lord, em 2002, conta apenas com Paice como membro original.
A marca da banda sempre foi a mistura de guitarra e teclado, com riffs simples e fortes e solos vigorosos. Sua canção mais conhecida é Smoke on the Water, gravada em 1972. O início, Deep Purple surgiu de uma ideia exótica . No país que gerou The Beatles e Rolling Stones, revelou Jimi Hendrix e Eric Clapton, todos esperavam pela próxima grande ideia no campo fértil do rock. Em 1967, Chris Curtis, ex-baterista do The Searchers, "foto ao lado" teve a ideia exótica de reunir vários músicos muito talentosos num grupo chamado Roundabout (carrossel).
Eles se revezariam em torno do baterista, como num carrossel. Depois que a ideia foi comprada pelo produtor Tony Edwards, o primeiro músico a topar a ideia foi o tecladista Jon Lord, colega de Curtis nos The Flower Pot Men,"foto logo abaixo" onde também tocava o baixista Nick Simper. 
Era o final dos anos 60, e Curtis estava metido até o pescoço no espírito da época. Certa vez, Lord entrou no apartamento e encontrou as paredes cobertas de papel alumínio. Seu colega havia redecorado a casa para mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada: Curtis desapareceu.
O grupo achou um guitarrista - Ritchie Blackmore, que conhecia um baterista - Ian Paice - que trouxe um colega da The Maze - o vocalista Rod Evans. Com a saída de Curtis, acabou a ideia do rodízio e a banda precisava trocar de nome. Em fevereiro de 1968, depois de queimar pestana em uma lista de nomes que incluía o pomposo Orpheus, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore: Deep Purple.

O primeiro disco, Shades of Deep Purple, foi lançado em setembro de 1968.
Post deste disco: http://rock70s.blogspot.com/2011/06/deep-purple-album-shades-of-deep-purple.html
Recheado de regravações (incluindo versões progressivas de Help, dos Beatles, e Hey Joe, de Jimi Hendrix), o disco estourou nas paradas de sucesso dos EUA com uma música de Joe South: Hush, o primeiro single da banda. Em dezembro daquele ano, quando o segundo disco (The Book of Taliesyn) já havia sido lançado, eles fizeram sua primeira turnê na América, acompanhando o Cream. Nessa turnê, além de visitar a mansão de Hugh Hefner, criador da revista Playboy, o grupo também descobriu que outro motivo de seu sucesso no Novo Mundo vinha do nome da banda - o mesmo de uma droga então muito popular na Califórnia. O segundo disco também trazia regravações, como River Deep, Mountain High (sucesso na voz de Tina Turner), We Can Work it Out (Beatles) e Kentucky Woman (Neil Diamond). A composição Wring That Neck (chamada de Hard Road nos Estados Unidos, pela violência do nome) sobreviveu, no setlist do grupo, à extinção da primeira formação no ano seguinte. Foi o veículo de algumas das mais inspiradas trocas de solos entre Blackmore e Lord. Em 1969, Blackmore e Lord estavam descontentes com a sonoridade do grupo. Ambos queriam experimentar mais com volume e eletricidade, mas consideravam que a voz de Evans não acompanharia as mudanças. O terceiro disco do grupo, chamado Deep Purple, reflete a tensão de uma banda que tinha os pés no rock inglês dos anos 60 e a cabeça em algo que ainda estava por ser criado. Sob convite do baterista Mick Underwood, em 24 de junho, Blackmore e Lord foram conferir uma apresentação do grupo Episode Six, "foto logo abaixo" de cujo vocalista    (Ian Gillan) o ex-colega de Blackmore havia falado muito bem. Os dois membros do Deep Purple chegaram a subir ao palco para uma jam. Começou aí o mês mais tenso e criativamente decisivo em toda a carreira do Deep Purple. Blackmore, Lord e Paice combinaram um teste com Ian Gillan. Ele levou seu amigo Roger Glover, baixista também do Episode Six. Juntos, os cinco gravaram o single Hallellujah,


Deep Purple Hallellujah
 
No dia 7 de junho. Aprovados os dois, o Deep Purple passou a ter vida dupla. Durante o dia, a segunda formação (Fase II) ensaiava no Hanwell Community Centre; à noite, a primeira (Fase I) continuava se apresentando como se nada estivesse ocorrendo. Evans e Simper não sabiam o que estava por acontecer até a véspera da estreia da Fase II nos palcos, em 10 de julho. A situação era tão maluca que, em 10 de junho de 1969, Episode Six e Deep Purple se apresentaram em bailes de Cambridge. O Deep Purple fez 11 apresentações entre a escolha dos novos membros e a estreia da nova fase; o Episode Six, oito. Mas Gillan e Glover ainda fizeram outros quatro shows para cumprir contrato com o Episode Six, até o dia 26 de julho, intercalando com os três primeiros shows da Fase II. Os projetos que já vinham ocorrendo, porém, continuaram. O terceiro disco tinha acabado de ser lançado na Inglaterra quando a nova formação, com sua proposta sonora mais ousada, estreou. Jon Lord também estava finalizando seu Concerto for Group & Orchestra, que seria apresentado no Royal Albert Hall, com a Royal Philharmonic Orchestra, no dia 24 de setembro. Nesse dia, além de mostrarem o novo tipo de composição idealizado por Lord (unindo as linguagens da música erudita e do rock), os ingleses de todas as classes sociais conheceram Child in Time, composta ainda em Hanwell.
Deep Purple - Child in Time HD 1970 ( UK TV show ) full version

A composição mostra tudo o que a nova formação trazia de novo em relação à anterior: mudanças de ritmo, solos poderosos, gritos de banshee. O novo Deep Purple era elétrico e explosivo, e isso ficaria muito claro no primeiro disco da nova formação - In Rock, lançado em abril de 1970. Os ingleses puderam conhecer faixa por faixa do novo disco via BBC durante os vários meses que levaram ao lançamento. Conheceram inclusive faixas inéditas, como Jam Stew, e uma versão primitiva de Speed King chamada Kneel and Pray, com uma letra completamente diferente e muito mais maliciosa do que a conhecida e cantada até hoje.

 

Kneel and Pray Deep Purple

O segundo disco da Fase II foi Fireball, que mantém a eletricidade mas envereda por um caminho mais experimental. Até um country ("Anyone's Daughter") o disco inclui, ao lado de longos instrumentais como os de "Fools" e rocks mais próximos dos que havia no disco anterior, como "Strange Kind of Woman". Os shows da turnê de 1971, disponíveis apenas em gravações piratas, mostram uma banda mais madura e mais ousada. É nessa turnê que Ian Gillan começa a fazer duelos de sua voz com a guitarra de Blackmore.
O passo seguinte na experimentação do Deep Purple seria gravar um disco de estúdio feito nas mesmas condições de uma apresentação ao vivo. Todos juntos, num mesmo ambiente, criando e gravando juntos como nas longas jams instrumentais que eles faziam no palco. Eles já tinham algumas músicas quase prontas: "Highway Star" começou a ser criada dentro de um ônibus, quando um jornalista perguntou como eles criavam suas músicas. Blackmore disse: "assim", e começou a tocar um riff agitado. Gillan entrou na farra e começou a improvisar uma letra: "We're on the road, we're on the road, we're a rock'n'roll ba-and!". Em setembro, a primeira versão do que seria Highway Star já estava começando a ser experimentada no palco e no programa de TV alemão Beat Club. É dessa apresentação que vem o clipe de Highway Star em que Blackmore usa um chapéu de bruxo e Gillan balbucia palavras sobre Mickey Mouse e Steve McQuinn. "Lazy" é outra canção que começou a ser testada no palco antes de ir para o estúdio.

Highway Star no Beat Club

Em dezembro de 1971, eles haviam achado o local certo para criar e gravar esse disco: Montreux, na Suíça, onde até hoje ocorre um famoso festival de jazz. O melhor lugar para gravar seria o grande cassino da cidade, onde tradicionalmente havia apresentações musicais. O cassino ainda não estava liberado para o Deep Purple quando eles chegaram - faltava uma última apresentação, de Frank Zappa, para encerrar a temporada. O grupo, então, foi assistir ao show. Zappa sempre foi um inovador do rock, e naquela apresentação em especial ele usava um sintetizador de última geração. No meio do show, alguém põe fogo no cassino. A música pára. Zappa grita: "FOGO! Arthur Brown, em pessoa!"  orienta os presentes a deixar o cassino calmamente. Em entrevistas, Roger Glover conta que todos realmente estavam calmos - o suficiente para que ele próprio ainda pudesse dar uma olhada no sintetizador antes de sair do prédio.

Entrevista sobre o fogo no casino

Claude Nobsat, corria de um lado para o outro para tirar alguns espectadores de dentro do cassino. O grupo foi transferido para o Grande Hotel de Montreux. No inverno, ele estava vazio, era frio e todos os móveis estavam guardados. Eles estacionaram do lado de fora a unidade móvel de gravação dos Rolling Stones, puxaram alguns fios, instalaram confortavelmente seus instrumentos nos corredores do hotel e começaram a ensaiar. O resultado é que até hoje todos os shows do Deep Purple contêm ao menos quatro das sete músicas do disco Machine Head.
A história inteira da gravação é contada em poucas palavras na música "Smoke on the Water", a última a ser gravada no disco. Blackmore havia criado um riff que não fora usado, apelidado então de "durrh-durrh". Não havia letra. Então veio a ideia de escrever sobre o que acontecera na gravação do disco. Gillan afirma que eles estavam num bar quando Roger Glover escreveu num guardanapo o título da música (que significava "fumaça sobre a água", uma boa descrição da fotografia que um jornal publicou no dia seguinte ao incêndio). Glover diz que a expressão lhe surgiu em um sonho e que Gillan lhe respondeu: "não vai rolar; parece nome de música sobre drogas, mas nós somos uma banda que bebe". Nenhum deles apostava que passaria mais de 30 anos tocando "durrh-durrh" toda noite, tamanho o sucesso que a música alcançou. Apesar de ter sido gravada em dezembro, ela só entrou no setlist em 9 de março, num show na BBC. Essa primeira apresentação consta no disco In Concert 1970-1972.

Deep Purple live in London 1972 Smoke on the Water
O ano de 1972 é movimentadíssimo, e nele o Deep Purple chegou pela primeira vez ao Japão, onde foi gravado seu mais famoso disco ao vivo, Made in Japan. Na Itália, o grupo também preparava a gravação de Who Do We Think We Are. O ritmo de trabalho da banda, porém, custou caro a eles. Por diversas vezes, membros do grupo ficaram doentes. Randy California chegou a substituir Blackmore em um show, e Roger Glover substituiu Gillan em outro. Os relacionamentos entre os membros - e especialmente entre Gillan e Blackmore - não iam bem também. Em dezembro, Gillan entregou seu pedido de demissão, avisando que deixaria o grupo no final de junho de 1973, dando aos empresários e aos colegas seis meses para decidir o que fazer do grupo.
Tempo de mudanças, em 29 de junho de 1973, na segunda viagem do grupo ao Japão e após um show impecável, em que Jon Lord incluiu o "Parabéns a você" para Paice em seu solo de teclado (era o aniversário do baterista), Ian Gillan volta ao palco e avisa que seria o último show do Deep Purple. Durante o show, não havia nenhum outro sinal de desgaste. Em retrospecto, o silêncio de Gillan na hora de cantar o verso "no matter what we get out of this" ("não importa o que possamos tirar disso") em "Smoke on the Water" podia indicar que tudo o que ele poderia tirar daquilo já havia acabado. Glover também deixou o grupo, passando a se dedicar à produção, no departamento artístico da Purple Records - a gravadora do grupo.
O primeiro novo integrante recrutado para o Deep Purple, logo após o fim da Fase II, foi o baixista Glenn Hughes, que cantava e tocava baixo no Trapeze. A dupla habilidade empolgou Blackmore e Lord, mas ele não seria deixado sozinho nos vocais. O plano do Deep Purple era buscar a voz de Paul Rodgers, do Free. Após um primeiro contato, ele pediu um tempo para pensar e decidiu continuar com sua banda. Enquanto seguia a busca pelo novo vocalista, Blackmore e Hughes iam se conhecendo e tocando juntos. O que se tornaria o blues "Mistreated", sem a letra, foi composto nessa época.
A hipótese de tocar o grupo com apenas quatro membros foi cogitada, mas a ideia de ter dois vocalistas falou mais alto. Com essa ideia nas ruas, os empresários do Deep Purple não paravam de receber fitas de novos artistas. Uma delas fora enviada por um rapaz de 21 anos, gordinho e cheio de espinhas, que cantava desde os 15 anos e ganhava a vida vendendo roupas da moda numa boutique: David Coverdale. Sua banda e o Deep Purple já haviam cruzado caminhos em novembro de 1969, num show na universidade de Bradford, quando Gillan e Glover haviam acabado de entrar para o Deep Purple. O teste de Coverdale ocorreu em agosto de 1973. Durante seis horas, eles tocaram material do Deep Purple e rocks mais conhecidos, como "Long Tall Sally" e "Yesterday". Quando Coverdale foi para casa, o restante do Deep Purple saiu para beber e decidiu: era o gordinho mesmo (nos meses seguintes, os empresários da banda lhe dariam alguns remédios para afinar a aparência).
Em 9 de setembro, o novo grupo se trancou por duas semanas no Castelo de Clearwell para compor. Empolgadíssimo, Coverdale - cuja experiência de palco era apenas com a gravação de demos - escreveu quatro letras diferentes para a música que seria "Burn". Uma delas se chamava "The Road". No dia 23, um dia depois de Coverdale completar 22 anos, a Fase III foi apresentada à imprensa inglesa. Em novembro, foi gravado o disco Burn, novamente em Montreux, com a mesma unidade móvel dos Rolling Stones com que foi gravado Machine Head. A nova equipe estrearia no palco em 8 de dezembro, na Dinamarca. Era a estreia da Fase 3 do Deep Purple. O disco só sairia em 1974.
O som da nova formação era marcado pela maior velocidade e técnica de Blackmore na guitarra e pela tensão entre os dois cantores. No estúdio, os duetos eram perfeitos. No palco, Hughes punha a trabalhar toda a potência de seus pulmões sempre que podia, muitas vezes chegando a intimidar Coverdale. O baixista e cantor também acrescentou à receita do Deep Purple uma boa pitada de tempero funky - que Blackmore aceitou inicialmente a contragosto, por entender que apesar de este estilo estar nas paradas de sucesso da época, não fazia parte, até então, dos elementos constitutivos do som do Deep Purple.
Em 6 de abril de 1974, o grupo se apresentou na Califórnia para uma plateia de 200 mil pessoas - era o festival California Jam, que duraria 12 horas e seria liderado pelo Deep Purple. O show, e particularmente o mau humor de Blackmore com o fato de ter de começar a tocar antes do anoitecer com câmeras em cima do palco, ficou famoso por ser explosivo: o guitarrista destruiu uma câmera em funcionamento com sua guitarra e, não contente, explodiu um amplificador. A silhueta do guitarrista em frente às chamas do amplificador é uma das cenas mais poderosas de toda a iconografia do rock.

Deep Purple - Burn - California Jam

Trinta anos depois, Josh White, diretor de filmagens do evento, lembrou de como ele pode tê-lo induzido a isso:
"Eu falei com ele na noite anterior. O Deep Purple fez um ensaio técnico, e eu perguntei se ele ia quebrar a guitarra dele. E Richie disse: 'sim, talvez. Sei lá, que merda'. Ele estava meio puto com várias coisas que não tinham nada a ver comigo. E eu disse: 'Veja, se você for quebrar a guitarra, privilegie a câmera. Vou fazer uma bela filmagem e vai ficar genial'. E ele privilegiou bem a câmera, gerando US$ 8 mil de prejuízo."
A terceira formação do Deep Purple acabaria um ano depois de California Jam, em 7 de abril de 1975, uma semana antes de Blackmore completar 30 anos de idade. Era a turnê de lançamento do disco Stormbringer na Europa. Com ainda mais balanço funk, o disco desagradou bastante a Blackmore. Ele já tinha algumas ideias na cabeça, e ao sair já tinha uma nova banda formada: o Rainbow. Restava ao grupo o dilema entre continuar sem Blackmore - o criador de todos os riffs que tornaram o Deep Purple famoso - ou partir para outra, aproveitando que o grupo era um dos mais lucrativos de toda a história do rock. Decidiram continuar, convidando o guitarrista Tommy Bolin, o primeiro norte-americano a fazer parte do grupo. Com essa formação (Fase IV), gravam Come Taste the Band, ainda mais suingado. A turnê é complicada, um tanto devido aos problemas de Bolin e Hughes com drogas. Em vários shows, como o registrado em Last Concert in Japan, Bolin não conseguia tocar porque seu braço estava anestesiado de drogas. Bolin tinha dois agravantes: insegurança e baixa auto-estima. Tudo isso apesar de ter gravado belíssimos discos solo, ser considerado um gênio da guitarra e ter tocado com magos do jazz como o baterista Billy Cobham. Bolin não suportava ser comparado pelos fãs aos carismáticos antecessores que teve em grandes grupos de rock. O Deep Purple era a segunda vez em que ele substituía um grande guitarrista - anteriormente, havia tocado na James Gang. No Deep Purple, ele chegou a discutir com a plateia por algumas vezes, durante apresentações.


Ao final do show de 15 de março de 1976, em Liverpool, David Coverdale desabafa com Lord: não havia mais clima para continuar com o Deep Purple. Lord desabafa de volta: não havia mais um Deep Purple para continuar. Acabou assim, em clima de confidência, a banda criada oito anos antes e que chegou a figurar no Guinness dos recordes como a mais barulhenta do mundo. Oito meses depois, Bolin morreria de overdose no Resort Hotel de Miami, após uma apresentação. E durante oito anos o Deep Purple permaneceria fora do ar.
Nesse período, os membros da banda fariam suas próprias carreiras e plantariam as bases para os futuros desenvolvimentos do Deep Purple. Por ordem de saída:
Ian Gillan - Depois de um breve período de reclusão em que vendeu motos e tentou ter um hotel, foi resgatado para os palcos por Roger Glover e sentiu-se animado o suficiente para criar sua própria banda, a Ian Gillan Band. Numa espécie de jazz-rock, seguiu até o início dos anos 80.
Em 1982, dissolveu a banda, para no ano seguinte gravar um disco com o Black Sabbath: Born Again.
Ian Gillan Band - Clear Air Turbulence

Roger Glover - Inicialmente, permaneceu próximo à Purple Records e foi quem mais teve contato com todos os galhos da gigantesca árvore genealógica do Deep Purple. Dois anos depois, conseguiu juntar no mesmo palco os melhores músicos da Inglaterra (muitos deles membros ou ex-membros do Deep Purple, ou seus colegas em outras bandas), no musical Butterfly Ball. Foi a primeira aparição pública de Ian Gillan após o fim do Deep Purple, substituindo Ronnie James Dio (que cantava no Rainbow de Blackmore e passaria depois pelo Black Sabbath). Produziu outras bandas, gravou dois discos solo e voltou a tocar baixo no Rainbow de Blackmore.
Ritchie Blackmore - Com o Rainbow, teve uma das bandas de hard rock de maior sucesso do final dos anos 70 e início dos anos 80, apontando o holofote para músicos como Joe Lynn Turner e Don Airey, que anos mais tarde participariam do Deep Purple. Roger Glover chegou a tocar com ele.
David Coverdale - Após dois discos solo, formou o Whitesnake e invadiu as paradas de FM dos anos 80. Na banda, tocou com Jon Lord e Ian Paice. De quando em quando, reúne o Whitesnake para turnês.
Jon Lord - Teve uma carreira solo interessante, misturando suas várias influências musicais (clássico, rock e jazz). Compôs trilhas sonoras de filmes com Tony Ashton e os dois se juntaram a Paice para o projeto Paice, Ashton e Lord. Mais tarde, uniu-se a Coverdale no Whitesnake.
Ian Paice - Tocou com diversos músicos, inclusive com Gary Moore, além de Paice, Ashton e Lord e Whitesnake.
Glenn Hughes - Reuniu o Trapeze, gravou vários discos solo, tocou com Gary Moore e Pat Thrall, lutou consigo mesmo para se livrar das drogas, cantou no Black Sabbath e mais recentemente gravou dois discos com o também ex-Deep Purple Joe Lynn Turner: o Hughes-Turner Project (HTP).

Em 1984 é anunciada a volta do Deep Purple com a sua formação de maior sucesso (Fase II), com Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord. É lançado o essencial Perfect Strangers, que foi seguido por Nobody Perfect (ao vivo) e pelo fraco The House of Blue Light.

Deep Purple Perfect Strangers


Deep Purple - Bad Attitude

Gillan decide sair novamente da banda e em seu lugar entra Joe Lynn Turner, ex-vocalista de uma fase do Rainbow.Com uma nova formação, a banda saiu em uma bem-sucedida turnê que foi muito bem elogiada pelos fãs que foram aos shows,embora o álbum tenha sido comercialmente fraco a sua turnê não foi, os shows foram marcados por performances impecavéis da banda e pela excelente presença de palco do vocalista Joe Lynn Turner. Vale lembrar que nessa turnê o Deep Purple veio ao Brasil pela primeira vez. O set-list continha clássicos da época de Coverdale e muitos que a banda não tocava há muito tempo.


A banda termina a turnê no fim de 1991,e em Abril de 1992 começam a gravar o que se tornaria o The Battle Rages On, sim, o álbum foi inicialmente gravado e escrito com Joe Lynn Turner ainda na banda, mas no meio de Setembro de 1992 Joe é despedido do grupo, e em seu lugar entra novamente Ian Gillan e termina o que restou do The Battle Rages On regravando-o com sua voz,assim, O "The Battle Rages On" sai em 1993.

Em dezembro de 1993, após a saída de Ritchie Blackmore devido a conflitos constantes sobre o estilo musical a ser seguido, o guitar-hero Joe Satriani foi convidado a integrar a banda e juntou-se ao Purple para participar da turnê internacional pelo Japão. Com o sucesso dos shows, Satriani foi convidado pelos demais integrantes para permanecer como membro efetivo dela, mas declinou, mais preocupado com sua carreira solo e com o contrato para um multi-album assinado com a Sony.

Purple - Maybe i'm a Leo com Satriani

Antes disso, entretanto, ainda chegou a participar da turnê européia como guitarrista da banda em 1994, fazendo seu último show em julho, na Áustria. Após este concerto, Satriani deixou o Purple e o lugar para Steve Morse, que já havia integrado o Dixie Dregs e o Kansas e que seria o guitarrista até os dias de hoje. A banda se revitaliza e volta com o bom Purpendicular, trazendo novos elementos, porém valorizando os desafios entre guitarras e órgão que fez a base musical do estilo do Deep Purple.

Deep Purple 1995 com Steve Morse

Segue o razoável Abandon em 1998. Jon Lord decide abandonar a estrada, devido à idade, e em seu lugar entra Don Airey, um tecladista que passou por diversas bandas de hard rock, entre elas, o Rainbow de Blackmore e o Whitesnake de David Coverdale. Com Airey, Gillan, Morse, Glover e Paice são lançados Bananas, em 2003, e Rapture of the Deep, em 2005.

Todas as formações do Deep Purple Fase I "MK I"
(1968-1969) Rod Evans - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Nick Simper - baixo
Ian Paice - bateria
Fase II "MK II"
(1969-1973) Ian Gillan - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase III "MK III"
(1973-1975) David Coverdale - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Glenn Hughes - baixo,vocais
Ian Paice - bateria
Fase IV "MK IV"
(1975-1976) David Coverdale - vocais
Tommy Bolin - guitarra
Jon Lord - teclado
Glenn Hughes - baixo,vocais
Ian Paice - bateria
(1976-1984) O grupo esteve separado.
Fase II "MK II", reunião
(1984-1989) Ian Gillan - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase V "MK V"
(1989-1991) Joe Lynn Turner - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase II "MK II", nova reunião
(1992-1994) Ian Gillan - vocais
Ritchie Blackmore - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase VI "MK VI"
(alguns meses em 1994) Ian Gillan - vocais
Joe Satriani - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase VII "MK VII"
(1994-2002) Ian Gillan - vocais
Steve Morse - guitarra
Jon Lord - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria
Fase VIII "MK VIII"
(2002-atualmente) Ian Gillan - vocais
Steve Morse - guitarra
Don Airey - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice - bateria


Deep Purple - Too Much Is Not Enough